Integração ou discriminação da pluralidade linguística na educação de línguas e pelas línguas: uma questão crucial entre ideologia, ética e didática
Abstract
In this text, the author deals with the issues of integrating or rejecting linguistic and cultural diversity in language teaching and more widely in education through languages. He presents a conception of (socio)linguistic competence elaborated out of an analysis of sociolinguistic diversity. He then compares, on the one hand, sociolinguistic practices and competences, to, on the other hand, the teaching process of desocialised and unified standard languages that were artificially elaborated to reach ideological political aims. He shows how teaching standard languages creates discriminations which are unacceptable both from an ethical and a legal points of view, and how it also creates social and educational failures. As a conclusion, he suggests pedagogical principles and pragmatic actions that could progressively and deeply integrate linguistic and cultural diversity into language teaching and a humanist education through languages.
Este texto levanta a questão radical4 das implicações transversais da consideração ou, ao contrário, da rejeição da pluralidade linguística e cultural no ensino de línguas e, mais amplamente, na educação pelas línguas (COSTE, 2013). Ele apoia-se principalmente, e mais explicitamente, na questão linguística sem, no entanto, negligenciar, de maneira menos presente e menos explícita, a questão cultural e, sobretudo, intercultural. Este artigo, redigido por um especialista de dinâmicas sociolinguísticas e sociodidáticas francófonas, toma por exemplo prioritariamente o francês, mas a análise é certamente adaptável a outras línguas de difusão internacional, de escolarização e de status oficial estatal. Colocando-se em uma perspectiva sociodidática segundo a qual os fenômenos didáticos são e devem estar em continuidade direta com os fenômenos linguísticos, o presente texto parte de uma análise da pluralidade sociolinguística para, em seguida, obter dela uma conceitualização do que é uma competência linguística necessariamente sociolinguística. Ele confronta essas práticas sociolinguísticas heterogêneas e essas competências de utilização da pluralidade linguística no processo de elaboração e de ensino de línguas sem socialização e homogeneizadas sob a forma padrão artificialmente construído para fins políticos ideológicos. O artigo também analisa a divulgação e imposição consentida dessas línguas em termos de hegemonia e mostra em que isso produz discriminações negativas condenáveis por razões éticas e jurídicas, assim como fracassos socioeducativos. Ele propõe, por fim, princípios didáticos e orientações concretas de intervenção para integrar progressivamente e em profundidade a pluralidade linguística e cultural no ensino de línguas e em uma educação humanista pelas línguas
Origin : Publisher files allowed on an open archive
Loading...